São Paulo, 24 de Maio de 2012
Uma
empresa originária do Laboratório de Nanomedicina e Nanotoxicologia (LNN) do
Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP irá produzir cosméticos
otimizados combinando a extração de óleos vegetais (cravo e pimenta rosa, entre
outros) com nanoencapsulamento. Os produtos terão maior eficácia, sendo
minimamente invasivos e sem prejudicar a saúde da pele. Até o final do ano, as
nanocápsulas devem estar disponíveis para comercialização, podendo reduzir o
preço dos cosméticos.
O
nanoencapsulamento, técnica que tem revolucionado diversas áreas da saúde,
consiste no aprisionamento de moléculas de uma substância dentro de partículas
formadas por outra substância, resultando em cápsulas biodegradáveis, de tamanho
nanométrico. A empresa Nanomed irá produzir essas nanopartículas para encapsular
moléculas diversas, sobretudo na área de cosmetologia, de acordo com a demanda
das empresas interessadas.
“Iniciamos
nosso trabalho, contando com a colaboração de produtores do Nordeste, de onde
vem plantas de extração verde, sem uso de solventes orgânicos, para obtenção dos
óleos vegetais”, conta Paula Barbugli, pesquisadora do LNN. O interesse maior em
nanoencapsular moléculas é dar estabilidade aos produtos finais. “Alguns
princípios ativos, nos veículos farmacêuticos onde são utilizados, são os mesmos
no produto final. Inseridos diretamente nas fórmulas, seja de medicamentos ou de
cosméticos. Alguns ativos se tornam muito instáveis, o que significa dizer que
se degradam muito rápido”, conta a pesquisadora.
Já
nas nanocápsulas, a estabilidade é maior, ou seja, no caso de um creme
hidratante, por exemplo, a penetração será mais rápida e profunda na pele e os
efeitos serão visíveis em muito menos tempo. “Poderemos disponibilizar as
cápsulas com os princípios ativos mais estáveis e com maior poder de permeação”,
afirma Paula.
Técnica
No mercado, algumas empresas do setor de cosméticos já aplicam a técnica do nanoencapsulamento. “Em nosso projeto, desenvolveremos sistemas que poderão ser adicionados em fórmulas em creme ou em gel”, explica Paula. “Trabalharemos, em princípio, com óleos essenciais, algumas vitaminas e aminoácidos nanoencapsulados.”
No mercado, algumas empresas do setor de cosméticos já aplicam a técnica do nanoencapsulamento. “Em nosso projeto, desenvolveremos sistemas que poderão ser adicionados em fórmulas em creme ou em gel”, explica Paula. “Trabalharemos, em princípio, com óleos essenciais, algumas vitaminas e aminoácidos nanoencapsulados.”
De
acordo com a demanda de outras empresas, a Nanomed irá produzir determinados
tipos de cápsulas farmacêuticas e/ou cosméticas. “Tudo dependerá da demanda das
empresas clientes. Disponibilizaremos dois sistemas básicos: um com
nanopartículas sólidas poliméricas e outro de nanopartículas lipídicas sólidas”,
adianta a pesquisadora.
O
projeto, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(Fapesp), por intermédio do programa “Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas
(PIPE)”, deve, obrigatoriamente, apresentar resultados concretos até o final do
ano. Mas, ao que tudo indica, isso será possível — incluindo a comercialização
das nanocápsulas.
Em
relação ao custo do produto, Paula não arrisca valores. “Hoje, no Brasil, esse
tipo de insumo é em sua maioria importado. Nós pretendemos, como empresa
nacional, produzir tais insumos com a mesma qualidade e segurança que as
empresas estrangeiras, mas com preços melhores, o que irá refletir em um produto
final mais barato aos consumidores”, afirma.
As
nanocápsulas do LNN, depois de produzidas, serão vendidas às empresas
interessadas, que poderão baratear os milagrosos produtos e oferecer aos mais —
ou menos — vaidosos uma chance maior de passar uma rasteira nos sinais do
tempo.
Mais
informações: email: pabfarma@yahoo.com.br, com Paula
Barbugli.
Nanocápsulas podem reduzir os custos de cosméticos - Agência USP de Notícias
Referência: Disponível em: http://www.medicalservices.com.br/atualizacao/especialidades/exibe.php?id_nct=6 Acesso em: 15/07/2012.
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