Fábián Lázló *
As frutas cítricas - laranjas, limões, limas,
tangerinas, mandarinas e o grapefruit - são conhecidas e apreciadas há milênios
devido ao seu aroma e sabor exóticos. Os óleos essenciais (OEs)
cítricos são obtidos normalmente por prensagem das suas cascas. Mas
existem também os OEs extraídos das suas flores, o néroli; e os OEs das
suas folhas, o petitgrain.
Os OEs cítricos extraídos de suas cascas, possuem
um vasto número de aplicações terapêuticas e industriais, sendo muito
importantes na economia mundial dos derivados de cítricos.
Os OEs cítricos possuem em sua maioria um efeito
repelente e inseticida de muitos tipos de insetos. Pesquisa realizada pelo
Departamento de Bioquímica Aplicada da Universidade de Nnamdi Azikiwee em Awka,
Nigéria, mostrou que o OE da laranja-doce foi o que apresentou o melhor efeito
inseticida.
O alto teor de monoterpenos nestes OEs cítricos é
um dos grandes segredos das suas reconhecidas propriedades terapêuticas.
Monoterpenos são as menores moléculas que compõem os óleos cítricos, e, por este
motivo penetram com extrema facilidade em todos os tecidos do corpo humano, com
poderosa ação solvente de gorduras. O monoterpeno com maior percentual nestes
óleos cítricos é o d-limoneno. Na laranja chega a 90%, no limão de 65-70%
(dependendo da variedade), na tangerina 70% e no grapefruit 95%.
Várias pesquisas científicas revelaram que estes
óleos cítricos apresentam propriedades anticancerígenas, poder de solvência de
cálculos (vesicais ou renais) e de desentupimento das artérias.
Várias faculdades e laboratórios desenvolveram
pesquisas sobre a capacidade do d-limoneno em dissolver cálculos. Num estudo dos
Laboratórios de Pesquisa Shionogi em Osaka, Japão, dentre os participantes com
cálculos de vesícula, após consumo acompanhado do d-limoneno, cerca de 48%
eliminaram por completo as pedras e 14,5% tiveram dissolução parcial, sem
relatos de efeitos colaterais.
O OE de limão possui, dentre os cítricos, uma
mistura mais complexa de monoterpenos em sua composição, o que faz com que, em
alguns tipos de tratamento, ele tenha uma ação superior aos OEs de laranja ou
grapefruit. Além de 65% de d-limoneno, o OE de limão também possui cerca de
10-20% de pinenos e cerca de 10% de gama-terpineno.
Pesquisas japonesas revelaram que o
gama-terpineno apresenta uma poderosa ação antioxidante capaz de inibir a
oxidação do LDL (mau colesterol), impedindo assim que este acabe causando a
arteriosclerose ou levando a pessoa a um infarto.
Já o d-limoneno, age suprimindo a atividade da
enzima hepática HMG-CoA reductase, um fator chave para a síntese do colesterol.
Ele age também descongestionando o fígado, especialmente após a ingestão de
grande quantidade de álcool e alimentos altamente gordurosos.
A ação sinérgica dos vários monoterpenos
presentes no OE de limão cria uma ação muito poderosa na desobstrução de vasos
sanguíneos possibilitando seu uso como um auxiliar na prevenção e tratamento de
problemas cardiovasculares.
Outra indicação do d-limoneno é na prevenção e
auxílio ao tratamento de alguns tipos de câncer, especialmente nas fases
iniciais do desenvolvimento da doença. Os tipos de câncer observados onde
mostrou melhores resultados foram os de próstata, estômago, fígado, intestinos,
pâncreas, mama, pulmão e nas leucemias.
Segundo estudos do Hospital Universitário de
Saint Radbound, Holanda, o d-limoneno age aumentando a atividade de uma enzima
desintoxicante, o que acaba por contribuir na eficiência do corpo de eliminar
substâncias causadoras de câncer.
Estudos com ratos na Universidade de Purdue, EUA,
demonstraram que a quimioterapia com o uso de monoterpenos como o d-limoneno
resulta numa rediferenciação dos tumores malignos em um fenótipo mais benigno.
Portanto, monoterpenos são agentes antitumor efetivos, não tóxicos para ingestão
(cuidadosa e acompanhada), que fazem parte da composição de um amplo número de
remédios naturais para o tratamento do câncer.
A Universidade Médica de Dalian, China, mostrou
que o uso do d-limoneno no tratamento do câncer gástrico apresenta excelentes
resultados e que sua ação se deve a uma ação de indução de morte destas células.
Desta forma, os óleos cítricos (maior fonte de d-limoneno e outros
monoterpenos), eles podem ser indicados como recursos na prevenção e no
tratamento de vários tipos de câncer.
Os óleos cítricos são também uma boa alternativa
para perda de peso, tratar problemas circulatórios como varizes e pernas
cansadas, tratar gastrites e úlceras.
Sobre a ação psicológica dos óleos cítricos,
cientistas do Departamento de Fisiologia da Universidade de Siena, Itália,
estiveram estudando o efeito da inalação do OE de limão sobre o sistema nervoso
de ratos. Eles puderam avaliar que óleo age baixando o teor de corticosterona
nos animais por uma ação direta na hipófise na produção de um hormônio
estimulante das supra-renais, o ACTH. Estes hormônios estão associados ao estado
de estresse e sensação de dor e, uma menor produção significa uma maior
capacidade de suportar a dor e uma diminuição dos estados de ansiedade.
(*) Fábián László - Professor de
Aromaterapia - www.aromalandia.org.br
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A BELEZA em si é fundamental! Sendo do CORPO ou da ALMA, vai depender de quem a vê. O ideal é que o conjunto da obra seja o complemento tanto do corpo como da alma, já que a BELEZA DO CORPO é passageira, enquanto que a BELEZA DA ALMA se estende além da matéria. A BELEZA vem de dentro para fora, mesmo que alguns procedimentos sejam esternos, mas é internamente que vem a satisfação da BELEZA, fazendo com que uma dependa da outra.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Aromaterapia: os óleos essenciais cítricos
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