A BELEZA em si é fundamental! Sendo do CORPO ou da ALMA, vai depender de quem a vê. O ideal é que o conjunto da obra seja o complemento tanto do corpo como da alma, já que a BELEZA DO CORPO é passageira, enquanto que a BELEZA DA ALMA se estende além da matéria. A BELEZA vem de dentro para fora, mesmo que alguns procedimentos sejam esternos, mas é internamente que vem a satisfação da BELEZA, fazendo com que uma dependa da outra.

domingo, 17 de junho de 2012

Implementação de um plano de gerenciamento de resíduos em um centro de beleza em Jonville SC


ARTIGO CIENTÍFICO 

Grasiela Warmeling 1 – Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do 
Vale de Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. 

Nayara Martinez Moreira 2 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da 
Universidade do Vale de Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. 

Janine Maria Pereira Ramos Bettega 3  – Orientadora. Farmacêutica-Bioquímica. Especialista 
em Farmácia Magistral. Mestre em Biotecnologia. Professora do Curso de Cosmetologia
 e Estética da Universidade do Vale de Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. 

Contatos:  
1 grasielawarmeling@ig.com.br 
2 nayara_to@hotmail.com 
3 janine_mpr@yahoo.com.br 


 RESUMO 


Com a crescente evolução na área da beleza, observa-se a preocupação dos profissionais com 
a satisfação dos clientes, incluindo cuidados de higiene, avaliação dos riscos inerentes às 
atividades no setor e também procedimentos de biossegurança, especialmente no que se diz 
respeito ao gerenciamento de resíduos em centros de beleza. O presente estudo constitui-se 
em uma pesquisa bibliográfica descritiva exploratória, bem como a elaboração e 
implementação de um plano de gerenciamento de resíduos em um estabelecimento de beleza 
localizado em Joinville – SC, o Nuevo Instituto de Beleza. O plano de gerenciamento de 
resíduos foi baseado na RDC 306 (2004), que regulamenta o correto manejo de resíduos para 
a área da saúde, sendo adaptada para a área da beleza, e o seu manejo seguiu as seguintes 
etapas: segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento 
temporário e coleta por empresa especializada. O processo de implementação foi 
acompanhado de análise da melhor localização das lixeiras em cada setor, avaliação 
financeira, treinamento inicial e contínuo de funcionários. Além de chamar a atenção para a 
conscientização da questão ambiental e prevenir riscos durante os procedimentos de 
Cosmetologia e Estética, o plano de gerenciamento de resíduos implementado no Nuevo 
Instituto de beleza, teve repercussão extremamente positiva entre os funcionários, clientes e 
comunidade em geral, constituindo-se em um diferencial positivo para o estabelecimento. 

Palavras-chave: biossegurança, gerenciamento de resíduos, estabelecimentos de beleza. 




2. INTRODUÇÃO

                  Atualmente  o mercado da beleza vem evoluindo significativamente. A busca do 
ser humano pela aparência e beleza do corpo está entre os fatores mais importantes desse 
grande crescimento. 
                O  campo de  trabalho  dos profissionais da beleza é diversificado e também vem 
aumentando consideravelmente nos últimos tempos. Os brasileiros buscam produtos e 
serviços na incansável busca pelo corpo escultural e rosto perfeito 
(MARCELO;RODRIGUES, 2006). Assim, a busca pela melhor qualidade de vida e elevação 
da auto-estima, contribui para a expansão desse mercado, que tem respondido com avanços 
consideráveis em relação à tecnologia de produtos cosméticos, de equipamentos de última  
geração.  
                 Pode-se  observar  que, com o aumento da demanda no setor, aumenta também a 
preocupação dos profissionais com a satisfação do cliente, incluindo cuidados de higiene, 
proteção ao meio ambiente e preocupação com riscos inerentes às atividades, tanto dos 
profissionais quanto dos clientes, sendo que a Biossegurança é a principal área relacionada 
com a proteção da saúde humana, animal, e do meio ambiente. 
            “A Biossegurança pode ser entendida, hoje, como uma ocupação, agregada a qualquer 
atividade onde o risco à saúde humana esteja presente” (COSTA & COSTA, 2002). “As 
práticas de Biossegurança baseiam-se na necessidade de proteção ao operador, seus auxiliares 
e à comunidade local contra riscos que possam prejudicar a saúde, assim como proteger o 
local de trabalho, os instrumentos de manipulação e meio ambiente” (HIRATA; MANCINI 
FILHO, 2002). 
              A comissão de Biossegurança  da fundação Oswaldo Cruz (2003) traz um conceito 
amplo e completo para a Biossegurança, considerando-a como um conjunto de ações voltadas 
para a prevenção, minimização ou eliminação dos riscos inerentes às atividades de pesquisas, 
produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, as quais possam 
comprometer a saúde do homem, dos animais, do ambiente ou a qualidade dos trabalhos 
desenvolvidos.  
             As  atividades desenvolvidas  em um estabelecimento de beleza podem gerar riscos 
que, dependendo da sua natureza, podem ser classificados como riscos químicos, biológicos, 
físicos, ergonômicos e de acidentes. 
 Diversas são as medidas de Biossegurança que devem ser tomadas visando minimizar, 
prevenir ou eliminar os riscos envolvidos, como o uso de Equipamentos de Proteção 
Individual (EPIs), higienização das mãos do profissional a cada atendimento, uso de materiais 
limpos, desinfetados e estéreis (quando necessário), manutenção de um ambiente limpo e 
organizado e também a adoção de um plano de gerenciamentos de resíduos gerados no 
estabelecimento (HIRATA;MANCINI FILHO, 2002). 
De acordo com a Agencia Nacional De Vigilância Sanitária (ANVISA,2006), o 
gerenciamento de resíduos constitui um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e 
implementados a partir de bases científicas, técnicas e normativas legais, com o objetivo de 
minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos mesmos um encaminhamento seguro, de 
forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a prevenção da saúde pública, dos 
recursos naturais e do meio ambiente. O gerenciamento deve abranger todas as etapas de 
planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação dos recursos 
humanos envolvidos no manejo dos resíduos. Todo gerador deve elaborar um plano de 
gerenciamento de resíduos baseado nas características dos resíduos gerados.  
O Plano de Gerenciamento de Resíduos, segundo Jácomo (2004), é o documento que 
aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas 
características, no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à 
geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e 
destinação final, bem como a proteção à Saúde Pública. 
 “A existência de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos é fundamental para 
disciplinar a gestão integrada, contribuindo para a mudança dos padrões de produção e 
consumo no país, melhoria da qualidade ambiental e das condições de vida da população, 
assim como para a implementação mais eficaz da Política Nacional do Meio Ambiente. A 
gestão integrada de resíduos deve priorizar a não geração, a minimização da geração e o 
reaproveitamento dos resíduos, a fim de evitar os efeitos negativos sobre o meio ambiente e a 
Saúde Pública. A prevenção da geração de resíduos deve ser considerada tanto no âmbito das 
empresas como também no âmbito de projetos e processos produtivos, baseada na análise do 
ciclo de vida dos produtos e na produção limpa para buscar o desenvolvimento sustentável” 
(VICTOR, 2006). 
Desenvolvimento Sustentável, segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (2003), é aquele que atende às 
necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de que as gerações futuras 
satisfaçam as suas próprias necessidades. É importante despertar o desenvolvimento da 
consciência ambiental nos profissionais da área da beleza, pois é de responsabilidade de todo 
o gerador o correto gerenciamento de seus resíduos, não só a fim de eliminar os riscos que 
eles representam tanto para profissionais como para clientes, mas também visando a proteção 
ambiental.  
          “O controle dos resíduos e do descarte final de produtos e insumos é responsabilidade 
direta do estabelecimento. Cabe a ele providenciar o treinamento dos participantes, planejar e 
distribuir as tarefas comuns de coleta de resíduos, controlar a limpeza e a desinfecção de 
equipamentos e ambientes” (HIRATA ; MANCINI FILHO, 2002). A destinação correta dos 
resíduos é uma das ferramentas primordiais para externar uma boa imagem do 
estabelecimento perante seu público e à comunidade.  
Atualmente, a questão do gerenciamento de resíduos está bem definida e 
regulamentada na área da saúde como hospitais, clínicas odontológicas, laboratórios clínicos, 
farmácias e outros, através de portarias e resoluções, como a RDC 306 (2004) da ANVISA e 
Resolução 358 da CONAMA (2005). Entretanto, ainda não existe uma regulamentação sobre 
gerenciamento de resíduos especificamente para a área da beleza. 
           Evidenciando  a  importância que representam as questões relacionadas à 
Biossegurança em estabelecimentos de beleza,  como satisfação dos clientes, higiene e meio 
ambiente, este trabalho tem como objetivo padronizar e implantar um Plano de 
Gerenciamento de Resíduos no Nuevo Instituto de Beleza.  

3. METODOLOGIA 

 Este trabalho constitui-se em uma pesquisa bibliográfica descritiva exploratória, 
abordagem qualitativa, sobre gerenciamento de resíduos na área da beleza, associado à 
elaboração e implementação de um plano de gerenciamento de resíduos em um 
estabelecimento de beleza localizado na Rua Rio Branco, 275, Centro, Joinville – SC, 
denominado Nuevo Instituto de Beleza.  
 O plano de gerenciamento de resíduos, baseado na RDC 306 (ANVISA, 2004), foi 
adaptado à realidade cotidiana do estabelecimento citado, incluindo diversos passos, dentre 
eles: classificação dos resíduos de acordo com suas características físicas, químicas e 
biológicas; delineamento do tipo e quantidade de resíduos gerados por setor do 
estabelecimento; análise das etapas necessárias ao manejo dos resíduos (segregação, 
acondicionamento, identificação, transporte, armazenamento temporário, coleta e destino 
final), inclusive a confecção das etiquetas de identificação e contratação de empresas 
qualificadas para a coleta dos resíduos especiais; planejamento da melhor localização das 
lixeiras nos diferentes setores e adaptação de local de armazenamento temporário dos 



resíduos; treinamento inicial e capacitação continuada dos profissionais do estabelecimento; 
análise da viabilidade e custos necessários à implantação do plano. 

4. DESENVOLVIMENTO 


4.1 MANEJO DOS RESÍDUOS  
            É a ação de gerenciar todas as fases que envolvem de certa forma a manipulação dos 
resíduos e que possam oferecer riscos ocupacionais aos profissionais envolvidos, desde a sua 
geração até a disposição final, compreendendo as seguintes etapas: segregação, 
acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário, 
armazenamento externo, coleta e transporte externos e disposição final (SCHNEIDER, et al; 
2004). 

4.2 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS  

4.2.1 GRUPO A- RESÍDUOS BIOLÓGICOS 

 Englobam os componentes com possível presença de agentes biológicos que, por suas 
características de maior virulência ou concentração, podem apresentar riscos de infecção 
(RIBEIRO FILHO, 2000). 
A presença de microrganismos como bactérias, vírus e fungos, por exemplo, associada 
a procedimentos inadequados realizados nos estabelecimentos de beleza, deixam expostos 
clientes e funcionários a esse tipo de risco (JACOMO, 2004).  

4.2.2 GRUPO B- RESÍDUOS QUÍMICOS  
Contêm substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio 
ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e 
toxicidade (ANVISA, 2006). Na área da beleza, são exemplos de riscos químicos, produtos 
cosméticos que contêm substâncias relativamente tóxicas, como derivados de amônia, 
peróxido de hidrogênio, alisantes capilares à base de hidróxidos, tioglicolato e guanidina.  

4.2.3 GRUPO C- RESÍDUOS RADIOATIVOS 
Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos  
provenientes de laboratório de análises clinicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia 
(SCHNEIDER,  et al; 2004). Em Cosmetologia e Estética, as lâmpadas utilizadas em câmaras 



de bronzeamento artificial podem ser consideradas riscos radioativos. O Nuevo Instituto de 
Beleza não trabalha com esse equipamento. 

4.2.4 GRUPO D- RESÍDUOS COMUNS   
 Todos os resíduos que não se enquadram nos tipos biológicos e químicos, por sua 
semelhança aos resíduos doméstico, não oferecem risco adicional a Saúde Pública 
(SCHNEIDER,  et al; 2004). Podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Incluem os 
resíduos orgânicos (grupo D1, de acordo com classificação interna do estabelecimento); e os 
recicláveis, como papéis, metais, vidros e plásticos (grupo D2, de acordo com classificação 
interna do estabelecimento). 

4.2.5 GRUPO E- RESÍDUOS PERFURO-CORTANTES 
São os objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou protuberâncias 
rígidas e agudas, capazes de cortar ou perfurar. 
           Para os resíduos cortantes ou perfurantes, o acondicionamento deve ser em recipiente 
rígido, estanque, resistente à punctura, ruptura e vazamento, impermeável, com tampa, 
contendo a simbologia de risco biológico. Os materiais perfuro-cortantes devem ser 
acondicionados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso. É 
proibido reencapar ou proceder à retirada manual das agulhas descartáveis. Os recipientes 
devem ser descartados quando o preenchimento atingir dois terços de sua capacidade, sendo 
proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento (ANVISA, 2006).  

5. ETAPAS ENVOLVIDAS NO MANEJO DOS RESÍDUOS 

5.1 SEGREGAÇÃO  
Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com 
as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos. Para 
que a segregação dos resíduos seja eficiente é necessário uma classificação preestabelecida 
dos resíduos a serem separados (SCHNEIDER, et al; 2004) 
 Os principais objetivos da segregação são: minimizar a contaminação de resíduos 
considerados comuns; permitir a adoção de procedimentos específicos para o manejo de cada 
grupo de resíduos, reduzir os riscos para a saúde e meio ambiente, reciclar ou reaproveitar 
parte dos resíduos comuns. 



A segregação é o ponto crucial com relação à periculosidade dos resíduos gerados na 
área da beleza. Exige procedimentos especiais, devendo ser padronizados em cada 
estabelecimento; sendo que os profissionais devem ser treinados para a sua realização correta. 

5.2 ACONDICIONAMENTO 
Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que 
evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de 
acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. Os sacos 
de acondicionamento devem ser alocados em lixeiras fechadas, com acionamento através de 
pedal, evitando o contato manual (ANVISA, 2006). 

5.3 IDENTIFICAÇÃO 
  Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos 
contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações para o correto manejo dos resíduos 
(ANVISA, 2006).  A identificação, que é específica para cada grupo de resíduos, deve estar 
aposta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e externa, nos locais 
de armazenamento, em local de fácil visualização, utilizando-se frases e símbolos de 
identificação. 

5.4 TRANSPORTE INTERNO 
   Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local destinado ao 
armazenamento temporário ou armazenamento externo, com a finalidade de apresentação para 
a coleta . 
A condição mais importante é que o resíduo esteja acondicionado de forma adequada, 
assegurando o seu confinamento. O transporte deve ser feito de forma a evitar ruptura do 
acondicionamento e a disseminação do resíduo (TEXEIRA; VALLE, 1996) 

5.5 ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO (INTERNO E EXTERNO) 
Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, 
em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e 
otimizar o deslocamento entre os pontos geradores até o ponto destinado à apresentação para 
coleta externa. Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos 
sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de 
acondicionamento. 



O armazenamento temporário externo consiste no acondicionamento dos resíduos em 
abrigo, em recipientes coletores adequados, em ambiente exclusivo e com acesso facilitado 
para os veículos coletores, no aguardo da realização da etapa de coleta externa (ANVISA, 
2006).  
5.6 TRANSPORTE EXTERNO 
  A coleta e transporte externo consiste da remoção dos resíduos até a unidade de 
tratamento ou destinação final, utilizando-se que garantam a preservação da integridade física 
dos profissionais envolvidos, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com 
as orientação dos órgãos de limpeza urbana (TEXEIRA; VALLE, 1996). 
    
5.7 DESTINO FINAL 
            É a prática de dispor os resíduos sólidos no solo previamente preparado para recebê-
los, de acordo com critérios técnicos construtivos e operacionais adequados, em consonância 
com as exigências dos órgãos ambientais competentes. 
 A ultima etapa do gerenciamento dos resíduos é a destinação final, entendendo-se 
como a etapa que a partir do qual o resíduo não sofrerá nenhum tipo de manuseio. 
Relativamente a problemática da destinação final dos resíduos ocupam um lugar de destaque, 
pois são considerados críticos tanto na segurança dos estabelecimentos quanto para a Saúde 
Pública da própria comunidade (SCHNEIDER, et al; 2004). 

6. IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS NO 
NUEVO INSTITUTO DE BELEZA 


A –   RESÍDUOS BIOLÓGICOS 
B –   RESÍDUOS QUÍMICOS 
D1 – RESÍDUOS COMUNS 
D2-  RESÍDUOS RECICLÁVEIS  
E –   RESÍDUOS PÉRFURO-CORTANTES 

6.1 SEGREGAÇÃO, ACONDICIONAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS 
GERADOS: 


RESÍDUOS BIOLÓGICOS (GRUPO A) 


  Os resíduos deste grupo devem ser segregados no momento e local de geração nos 
devidos setores, e imediatamente acondicionados em sacos brancos leitosos identificados com 
símbolo e frase de risco biológico. O saco deve ser resistente e possuir o tamanho adequado 
de acordo com a quantidade gerada, devendo estar alocado em lixeiras com pedal, fechadas e 
sem acionamento manual, também devidamente identificada. 
 Os rótulos de identificação dos resíduos do grupo A no Nuevo Instituto de beleza 
foram confeccionados conforme mostrado na figura 1 em anexo: 

RESÍDUOS QUÍMICOS (GRUPO B) 


 Estes resíduos  devem ser segregados no momento e local de geração nos devidos 
setores, e imediatamente acondicionados em saco plástico de cor laranja leitosa, com 
identificação de resíduos e riscos químicos, ou acondicionados em recipiente rígido e 
estanque, compatível com as características físico-químicas do resíduo ou produto a ser 
descartado, identificado de forma visível com o nome do conteúdo e suas principais 
características. 
 Os rótulos de identificação dos resíduos do grupo B no Nuevo Instituto de Beleza 
foram confeccionados conforme figura 2 em anexo

RESÍDUOS COMUNS (GRUPO D)  
  Os resíduos Comuns Domiciliares (grupo D1) devem ser segregados no momento e 
local de geração nos devidos setores, e imediatamente acondicionados em sacos pretos; 
enquanto os resíduos Comuns Recicláveis (grupo D2) devem ser acondicionados em sacos de 
cor azul.  
O saco deverá ser resistente e possuir o tamanho adequado de acordo com a geração 
deste tipo de resíduo, devendo estar alocado em lixeiras com pedal, fechadas e sem 
acionamento manual, também devidamente identificada.  
 Os rótulos de identificação dos resíduos do grupo D no Nuevo Instituto de Beleza 
foram confeccionados conforme figura 3 em anexo 


RESÍDUOS PÉRFURO-CORTANTES (GRUPO E)  
           Os  resíduos  perfuro-cortantes  devem ser segregados no momento e local de geração 
nos devidos setores, e imediatamente acondicionados em recipientes rígidos, estanques, 
vedados, impermeáveis e identificados com símbolo internacional de risco biológico 
acrescidos da inscrição de perfuro-cortante.  
         O recipiente coletor utilizado no Nuevo Instituto de beleza está de acordo com as 
normas da NBR 13853, contendo alça dupla para transporte, trava de segurança e 
revestimento interno que evita perfurações e vazamentos. Os rótulos de identificação dos 
resíduos do grupo E foram confeccionados conforme figura 4 em anexo, sendo que serão 
anexados ao coletor. 

6.2 TRANSPORTE INTERNO E ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO

 O recolhimento dos resíduos de todos os grupos deve ser realizado após o expediente 
por uma pessoa treinada para esta função. A funcionária designada deve recolher os resíduos 
devidamente acondicionados em sacos específicos para cada grupo, amarrando-os de forma a 
vedá-los completamente. Imediatamente após a retirada dos sacos das lixeiras, novos sacos 
deverão ser colocados nas mesmas. A funcionária será responsável, ainda, pelo transporte até 
a sala de armazenamento temporário, separando-os em lixeiras grandes e resistentes, que 
também serão identificadas com os rótulos de cada grupo de resíduos. 
A funcionária deve fazer uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) 
necessários para sua segurança, tais como: luvas descartáveis, máscara facial, touca e avental. 
Os resíduos coletados permanecerão no local de armazenamento temporário, 
aguardando o transporte externo. 



6.3 TRANSPORTE EXTERNO 


O transporte externo será realizado toda semana, sendo que os resíduos dos grupos A 
(resíduos biológicos) e E (perfuro-cortantes) serão recolhidos através da chamada coleta 
especial pela empresa Ambiental Saneamento e Concessões Ltda localizada na Rua Barra 
Velha, 290 CEP 89210-601 CNPJ 03.094.629/0008.02 Joinville SC  (nome fantasia Engepasa 
Ambiental). A coleta e transporte dos resíduos especiais, devido à natureza do material, são 
realizados por profissionais treinados e com veículos adequados e sinalizados especialmente 
para esta atividade. Não será cobrada taxa sobre este serviço. 
 Os resíduos do grupo D1 (resíduos comuns domiciliares) serão recolhidos pela mesma 
empresa acima citada, porém através de veículo comum (não diferenciado), sendo o mesmo 
destinado à coleta urbana. Os resíduos do grupo D2 (comuns recicláveis) também serão 
coletados pela Engepasa Ambiental, através de veículo específico para coleta seletiva. A 
freqüência da coleta comum, tanto para resíduos domiciliares quanto para recicláveis, é diária 
e realizada após às dezoito horas. 
 Os resíduos do grupo B (resíduos químicos) serão transportados pela empresa 
Catarinense Engenharia Ambiental, localizada na rua dos bororos, 875 – Pirabeiraba – 
Joinville SC. 
 O trabalho de coleta é realizado por profissionais treinados, com caminhões equipados 
e sinalizados, oferecendo eficiência e segurança em todas as etapas do serviço. 

7. PLANEJAMENTO LOGÍSTICO 


 Para a implantação do plano de gerenciamento de resíduos no Nuevo instituto de 
beleza, analisou-se a melhor localização das lixeiras, nos locais onde os resíduos serão 
gerados para a facilidade dos profissionais e clientes do estabelecimento. 
 Na sala de recepção foi colocada a lixeira do grupo D2 (resíduos comuns recicláveis), 
já na sala dos cabeleireiros e manicures as lixeiras implantadas são dos grupos A (resíduos 
biológicos), D2 (resíduos comuns recicláveis) e também a embalagem de segregação do 
Grupo E (resíduos perfuro-cortantes). 
 Seguindo a etapa de implantação, na sala de tintura foi instalada a lixeira do grupo B 
(resíduos Químicos) e do grupo D2 (resíduos comuns recicláveis). Na sala de lavatórios foi 
instalada lixeiras do grupo D2 (resíduos comuns recicláveis) e do grupo A (resíduos 
biológicos). E ainda no refeitório foram colocadas lixeiras dos grupos D2 (resíduos Comuns 
Recicláveis) e D1 (resíduos comuns domiciliares). 

  No piso superior, onde estão localizadas as salas de banho e depilação, foi instalada 
lixeira do grupo A (resíduos biológicos) grupo D2 (resíduos comuns recicláveis) e ainda 
embalagem de segregação do grupo E (resíduos perfuro-cortantes).Na sala de estética facial 
além das lixeiras do grupo D2 (resíduos comuns recicláveis) grupo A (resíduos biológicos) 
também está presente o coletor do grupo E (resíduos perfuro-cortantes) 
 Na sala de estética Corporal as lixeiras colocadas são a do grupo D2 (resíduos comuns 
recicláveis) grupo A (resíduos biológicos).  
 Finalizando o procedimento de implantação dos recipientes de acondicionamento dos 
resíduos gerados, nos banheiros foram instaladas lixeiras do grupo D1 (Resíduos comuns 
domiciliares). 
 Após a implantação das lixeiras nos seus devidos setores, foi adaptado um local para o 
Armazenamento Temporário dos resíduos, onde os mesmos devem ser alocados até sua 
destinação do transporte externo 
 A localização das lixeiras nos diversos setores e a sala de Armazenamento Temporário 
podem ser observadas pelas plantas baixas anexadas em anexo. 

8. TREINAMENTO DE PESSOAL 


  Para que o sucesso do plano de gerenciamento de resíduos seja alcançado, é 
imprescindível promover o treinamento inicial e continuado dos funcionários do 
estabelecimento, incluindo um programa de sensibilização em todos os níveis hierárquicos. A 
capacitação aumenta a eficiência do projeto. 
 O treinamento inicial teve informações sobre os tipos de resíduos gerados, bem como 
sua classificação e correto manejo, desde a segregação até a coleta, enfatizando a importância 
de o colaborador realizar corretamente todas as etapas do plano.  Para isso, as funcionárias 
Grasiela Warmeling e Nayara Martinez Moreira, graduandas em Tecnologia em Cosmetologia 
e Estética – UNIVALI – SC, apresentaram palestra sobre os temas envolvidos no plano. 
 A formação continuada dos funcionários será de  responsabilidade da gerente 
administrativa, que será incumbida de capacitar novos funcionários para o ideal manejo dos 
resíduos gerados, ainda, realizar vistorias periódicas. Após os treinamentos, os colaboradores 
deverão conhecer todas as etapas do sistema de gerenciamento de resíduos do Nuevo Instituto 
de Beleza, inclusive os símbolos gráficos, padrões de cores adotados, horários e percurso de 
coleta dos resíduos, localização dos locais armazenamentos desses resíduos, adotando as 
práticas adquiridas no cotidiano de suas atividades. 
   


9. CONSIDERAÇÕES FINAIS 


O gerenciamento de resíduos na área da beleza é ainda uma questão pouco difundida. 
O subsídio teórico para a implementação de um plano de gerenciamento de resíduos em um 
estabelecimento de beleza foi encontrado na área da saúde, sendo realizadas as adaptações 
necessárias, devido à escassez de regulamentações e material bibliográfico específico.  
Porém, é de extrema necessidade que estudos sejam realizados na área da beleza sobre 
o manejo de resíduos, uma vez que os procedimentos de Cosmetologia e Estética geram 
resíduos perigosos à saúde e segurança tanto de profissionais quanto de clientes, como os 
resíduos químicos (tinturas e alisantes capilares), biológicos (ceras usadas, material 
descartável contaminado com sangue e secreções) e perfuro-cortantes (agulhas e navalhas). É 
indiscutível a importância da separação e correto manejo destes resíduos visando prevenir e 
evitar riscos de contaminação. Por outro lado, estabelecimentos de beleza também geram 
resíduos passíveis de reciclagem, como copos descartáveis, material de escritório, papéis, 
embalagens de produtos não tóxicos e muitos outros. A separação deste lixo do lixo 
contaminado química e biologicamente é o primeiro passo para o correto manejo, mas não é o 
único. A correta identificação, o acondicionamento em recipientes apropriados, bem como a 
coleta seletiva e especial por pessoal especializado são etapas imprescindíveis para a 
implementação do programa. 
Outros itens essenciais foram a conscientização dos profissionais da área da beleza 
para a questão do gerenciamento de resíduos e o treinamento inicial e continuado. A questão 
financeira, que geralmente é apontada como um empecilho por alguns estabelecimentos para a 
não realização de uma política séria de manejo dos resíduos, não constituiu um entrave para a 
implantação do plano, pois este estudo mostrou a viabilidade econômica de implementação do 
plano, um pouco mais dispendiosa no início, mas plenamente acessível mensalmente para 
estabelecimentos de pequeno a médio portes. 
Além dos fatores citados acima, observou-se que outro ponto importante para o 
sucesso do plano de gerenciamento de resíduos no Nuevo Instituto de beleza, foi o apoio do 
setor administrativo e a aceitação e colaboração por parte dos funcionários. Deste modo, o 
plano de gerenciamento de resíduos obteve uma excelente repercussão entre funcionários, 
clientes e fornecedores deste estabelecimento, além da comunidade em geral, por se tratar de 
uma medida na qual todos saem ganhando, além de assegurar a saúde e segurança dos 
freqüentadores, contribuindo para uma boa imagem do estabelecimento perante seu público.  

 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 


Brasil, Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. 
RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 306, de 07 de 
dezembro de 2004, Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de 
saúde. 
Disponível em: http://www.anvisa.gov.br. Acesso em 15 de maio 2008. 

Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde / Ministério da Saúde, 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 
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